sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Vereador "A Onde É" é preso em Fortaleza

O parlamentar é investigado pelo Ministério Público Estadual por suposto desvio de verba parlamentar

Vereador A Onde É é investigado por desvio de verba

O vereador de Fortaleza Antônio Farias de Souza (PTC), o A Onde É, foi preso no começo da tarde desta sexta-feira, 26. De acordo com o promotor da Procuradoria de Crimes contra a Administração Pública (Procap), Luiz Alcântara, o vereador foi detido em ação conjunta do Ministério Público Estadual com a Polícia Civil. O motivo da prisão ainda não foi divulgado.

A Onde É está sendo ouvido no 2° Distrito Policial. Segundo informações da delegacia, mais detalhes sobre a ação serão divulgadas após análise do caso pelo delegado responsável. 

Antônio Farias, que tentou se candidatar a deputado estadual, mas teve pedido indeferido, é investigado pela Procap por suposto desvio de Verba de Desempenho Parlamentar na Câmara Municipal. O parlamentar é acusado de repassar para assessores apenas parte de seus salários na Casa, guardando para si o valor restante.

Cobrança de pedágio
Em 8 de agosto, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na residência e no gabinete do vereador A Onde É e do seu chefe de gabinete, Claudemir da Silva Veras, acusados de apropriar-se de parte de sua Verba de Desempenho Parlamentar (VDP) destinada ao pagamento de salários dos assessores, prática conhecida no meio político como “cobrança de pedágio”. 

A Onde É também é acusado de locação fictícia de veículos e aquisição de combustível para fins particulares, dentre outros. Segundo a Procap, o esquema foi delatado pelos próprios assessores.

A investigação foi iniciada em 2011 para investigar possível compra de apoio parlamentar pela gestão Luizianne Lins tendo emendas parlamentares como moeda de troca. Questões envolvendo as VDP entraram na investigação em abril de 2014.

Supostos funcionários do vereador já foram ouvidos pela Procap, mas ele ainda não teve depoimento colhido porque seu advogado Leandro Vasquez cobra acesso aos documentos da investigação, o que foi negado pelo MP.

O pedido de certidão indeferido pela Procap solicitava que o órgão explicasse “de quem é a autoridade com prerrogativa de foro que tenha relação com os citados investigados e que se encontre sob investigação nos autos”. Vasques defendeu que, pelo processo ter sido iniciado antes de A Onde É ser empossado e por envolver a já encerrada gestão Luizianne Lins - portanto, sem foro privilegiado -, o caso deveria ser remetido à Justiça comum.


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