Presidente da República afirmou que é contra a indexação dos preços.
Para ela, indexar economia ao câmbio ou outra variável é 'temeridade'.
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Indagada sobre suposta intervenção do governo na Petrobras para evitar o reajuste automático nos preços dos combustíveis, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (18) que é contra "indexações". Na avaliação da chefe do Executivo, a economia brasileira herdou vários problemas do passado, entre os quais a indexação de preços.
“A indexação talvez seja a memória mais forte do processo inflacionário crônico que nós vivemos ao longo dos anos 80 e 90. Indexação é algo extremamente perigoso. Então, indexar a economia brasileira ao câmbio e a outra variável externa é uma temeridade”, disse Dilma durante café da manhã com jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto.
No início do mês, a Petrobras enviou um comunicado oficial à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para informar que os reajustes dos preços dos combustíveis não seriam automáticos. O aumento a partir de um gatilho era parte das novas regras que a estatal do petróleo estudava para a política de preços da companhia, divulgada em outubro.
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"Quanto à aplicação dos reajustes, estes não serão automáticos, como consequência direta da fórmula de precificação. A metodologia estabelece bandas de reajuste, conferindo à Diretoria Executiva poder discricionário (independente) à luz da dinâmica dos mercados doméstico e internacional", afirmou a estatal, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A nova "fórmula" para os reajustes, no entanto, não foi esclarecida. A estatal afirmou apenas que a nova metodologia contém "parâmetros baseados em variáveis como preço de referência dos derivados no mercado internacional, taxa de câmbio e ponderação associada à origem do derivado vendido, se refinado no Brasil ou importado".
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